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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Beatriz e o Plátano

Esta semana na Sala do Sol lemos e explorámos o livro de Ilse losa "Beatriz e o Plátano".
Este livro conta a história de uma menina — a Beatriz — que todos os dias vê diante da sua janela um enorme plátano, de tronco grosso e copa farta. Para Beatriz, aquela árvore fazia parte da sua vida, tal como um bom amigo. Ora, certo dia, as autoridades decidem deitar o plátano abaixo, a pretexto de árvore tão antiga não se enquadrar na moderna paisagem que elas tinham planeado para a cidade. E é a determinação da Beatriz em defesa do seu "velho amigo" que acaba por dissuadir as ditas autoridades de levarem a cabo o seu plano.
Nós adorámos este livro e ficámos "fãs" da Beatriz.
Aqui fica um excerto do livro e a nossa sugestão para uma boa leitura.


"Certo dia constou que as autoridades tinham resolvido deitar o plátano abaixo. Achavam elas que o novo edifício dos Correios ficaria mais bonito se não houvesse nada a ensombrá-lo. Iria ter a fachada pintada de duas cores, caixilhos de alumínio e, ainda, um painel de azulejos por cima da entrada. Ora o que era uma velha árvore comparada com tal modernidade e esplendor? Assim pensavam as autoridades que se preparavam para ficar célebres na história da cidade, e uma das diligências mais importantes era, na ideia deles, acabar com as «velharias inúteis». Era assim que classificavam as árvores com centenas de anos de idade.

Beatriz, quando soube da notícia, ficou alarmada. Como era possível que alguém se atrevesse a deitar abaixo o plátano, o seu velho amigo, o mais lindo plátano em toda a cidade e sempre tão apreciado que até servira para dar nome à rua onde crescera? E não faria tão boa figura em frente do novo edifício como a que tinha feito em frente do desaparecido? Não continuaria também a dar hospedagem aos pássaros e abrigo às pessoas nos dias de chuva ou de sol?

Que mais podia um edifício novo desejar do que ter como enfeite uma árvore daquelas, conhecedora de tudo o que, durante alguns séculos, acontecera na Rua do Plátano? E talvez até soubesse falar, é bem possível, e então talvez pudesse contar ao edifício novo tudo aquilo a que assistira nos tempos passados.

Foi em tudo isto que Beatriz pensou. Falou aos pais e aos professores, mas ninguém lhe indicava uma solução para o caso. Todos diziam:

- Quem manda na cidade são as autoridades.

Finalmente, Beatriz resolveu escrever uma carta a essas autoridades que, no seu entender, estavam prestes a cometer uma falta irreparável pois, mesmo se um dia se viessem a arrepender de ter feito perder à cidade o plátano mais lindo que lá havia e se resolvessem a plantar outro, quantos e quantos anos não levaria ele a fazer-se uma árvore que se visse! Foi o que explicou na carta e, no fim, rematou:

«As senhoras autoridades decerto vão achar que eu tenho razão e, por isso, desistirão de deitar abaixo o plátano da Rua do Plátano. Hão-de ver que ele vai fazer o mesmo vistão em frente do novo edifício dos Correios que fazia em frente do velho.

Muitos cumprimentos da Beatriz.» "



Boas leituras!!!

Beijinhos e abracinhos,

Sala do Sol



1 comentários:

Bruna disse...

Olaa' adorei ouvir a historia.
hoje dia 14 de Novembro de 2010 a Inês vem á minha casa espero que se divirtam tambem hoje como eu vou-me divertir.
beijocas da Bruna

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